O Encontro aconteceu em Apucarana nesse último final de semana (13 a 15 de fevereiro) como o tema Diretrizes Gerais do Regional, Perspectivas e desafios do seminário Nacional e Missão das Pastorais. Estiveram presente 120 representantes de 21 pastorais, algumas pastorais com representação regional e outras com articulação diocesana. Além destes, haviam representantes das Cáritas diocesanas e CEBs. A Casa da Juventude também esteve presente.
Os trabalhos iniciaram na sexta a noite com uma missa. No sábado, na primeira parte da manhã fizemos, com ajuda de Pe. Airton de Londrina, memória da caminhada da Igreja a partir dos documentos das conferências latino americanas. Desde Medellin até Aparecida, pudemos pereber, ora mais, ora menos, um comprometimento da Igreja com os pobres e excluidos. Na segunda parte da manha, Ir. Delci, assessora da CNBB nacional para as pastorais sociais, nos provocou a estarmos atentos aos sinais do tempo, que exige que tenhamos um olhar de discipulos a partir da realidade que nos margeia para que, assim, possamos discernir sobre os sinais que se apresentam. Como discipulos devemos fazer os caminhos de Jesus, caminhos esses que configuraram sua missão e que simbolicamente, para nós hoje, representam os lugares de experiência de discipulado. São eles: a Galileia, o Deserto, a Samaria e Jerusalém. Observa Ir. Delci:
“Quem vai a Galileia mas não coloca em discussão os mecanimos de poder, Jerusalém, limita-se ao assistencialismo. De igual forma, quem vai a Galileia e Jerusalém e não para na Samaria para beber a água da vida, corre o risco de ser poço de sí mesmo. E quem esquece de ir ao deserto cai diante das dificuldades, vazio de espiritualidade.”
Por fim, lembrou-nos que as Pastorais sociais possuem um eixo pastoral e um outro eixo que é a presença e o diálogo no mundo. Não há sobreposição de um em relação ao outro, mas uma complementariedade que dá sentido e coesão ao trabalho.
A tarde iniciamos o trabalhos com partilha das experiências das pastorais sociais. Em seguida uma reflexão sobre a a unidade dos trabalhos das pastoais sociais conduzida pelo Pe. Carlos Chiquim, secretário dexecutivbo da CNBB. Lembrou ele que cada pastoral constitui parte do corpo místico de Jesus. Trata-se de um organismo, de um corpo orgânico e que portanto, é necessário nutrir o corpo, não só cada qual cuidar de sua pastoral. Ainda a tarde foi feito um breve trabalho em grupo buscando refletir duas perguntas: 1) como integrar os dois eixos (pastoral e presença no mundo) em nosso trabalho? 2) Que ações concretas as pastorais sociais podem assumir em conjunto.
No domingo, iniciamos com a partilha dos trabalhos em grupos e “amarrados” os compromissos que conjutamente assumiremos. Dentre os compromissos destacamos alguns:
- Articulação do Grito dos Excluídos nas dioceses e paróquias;
- Participação na Romaria da Terra;
- Oficialização da Cáritas Regional;
- Participação e Apoio ao CNLB;
- Articulação da Conferência da Paz no Regional e nas dioceses
- Partipção na campanha Ficha Limpa.
Foram dias de partilha, encontro, reza. Momentos que nos fizeram vivenciar a riqueza que cada pastoral é para a Igreja do Paraná.